sábado, 13 de abril de 2013

Felizes, para sempre?


Eu juro que tento. Eu juro que tento me desfazer de você o tempo inteiro, mas o teu cheiro já grudou em mim. Juro que tento não pensar em você, mas tua imagem já estampa boa parte das minhas memórias. Eu juro que tento não escrever sobre você, mas meus dedos já se viciaram em palavras que te descrevem. Eu juro que tento não pronunciar teu nome, mas minha boca é viciada nele. As canções de amor que meus ouvidos gostam me fazem pensar em você e eu juro que tento não pensar. O pior de tudo isso é não saber ao certo o que sinto, o que quero, o que penso. Acho que é algo na tua voz. Talvez no jeito que você me olha com os olhos semicerrados. A boca entreaberta. Eu já começo a pensar que não consigo mais viver sem ti. Isso tá me dominando, já me dominou.

É engraçado, você está em ruínas e eu que preciso ser salva. Eu preciso ser salva desse domínio. Eu não quero ser salva. Não quero prometer mais nada e meus juramentos foram todos em vão e quero te desafiar: se você for realmente bom, vá embora antes que dê errado. Vá embora agora e, por favor, não olhe para trás, eu não vou aguentar te olhar nos olhos. Eu não vou aguentar te olhar por uma última vez.

A confusão é tanta que apesar de não te querer longe, também não te quero tão perto. Você já me tem tanto... Já sabe tanto... Já viu tanto... Tirar as roupas é tão mais fácil pra mim. Tirar, vestir e ir embora. Seria tudo tão mais fácil se fosse só assim... Mas não. Minhas roupas ficam com teu cheiro e eu, bem, eu fico com você. E quero ficar. Quero que você fique. Eu já te disse que não sei fazer o certo e não quero aprender.

Talvez naquele teu sonho encantando, que eu cismo em contestar, haja verdade. Queria que houvesse. Infelizmente, o tempo não nos cabe, tampouco o espetáculo do Destino. Eu tento não acreditar em ti, mas queria que fosse verdade. Queria a Terra do Nunca. Queria nós dois... Para... Sempre?

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