Quantos casamentos ela destruiu? Quantos namoros ela rompeu?
Quantos corações partiu? Isso pouco importava pra ela, aliás, essa era sua
missão. Rosa sugava os pobres que se aventuravam com ela. Ela os cativava,
iludia e depois ia embora, sem mais nem menos. As pobres vítimas de suas
armadilhas voltavam para casa atordoadas com tudo o que acontecera. Mulheres
inocentes eram traídas. Homens traidores eram amaldiçoados e passavam o resto
da vida com Rosa em seus pensamentos. Ela era má. Era uma súcubo do amor.
Rosa viveu sua infância e juventude traindo todos. E foi
envelhecendo... Envelhecendo...
Envelhecendo e cedendo sua beleza para dar lugar a rugas e cabelos
brancos que cresciam. Rosa não tinha ninguém, nunca teve e nunca terá.
Rosa partiu tantos
corações. Rosa partiu o próprio coração e morreu sozinha no tapete da sala. Ela só será lembrada por quem magoou, por quem
iludiu e por quem destruiu. Não haverá flores no enterro de Rosa. Nem orações.
Nem ninguém.
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